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24 mar

Matéria de Silvia Abreu (Assessoria de Imprensa)

Obra na técnica de foto digital, de Nádia Raupp Meucci, guarnece a entrada do hotel

Obra na técnica de foto digital, de Nádia Raupp Meucci, guarnece a entrada do hotel

Obras de arte em exposição permanente no Hotel Praça da Matriz valorizam a produção gaúcha

Quartos e outros ambientes do prédio histórico localizado no Centro de Porto Alegre podem ser apreciados tanto pelos hóspedes quanto pelos visitantes

 

Um acervo representativo das artes plásticas gaúchas é preservado, há muitas chaves, no charmoso prédio que atualmente abriga o recém-inaugurado Hotel Praça da Matriz, localizado no Largo João Amorim de Albuquerque, 72, no Centro Histórico de Porto Alegre. São cerca de 30 obras, entre gravuras, aquarelas, acrílicos, desenhos e fotos assinadas por nomes da fatura de Nelson Jungbluth, Ado Malagoli, Paulo Amaral, José Carlos Moura, Maria de Jesu, Edgar do Valle, Flavio José Prenna, entre outros nomes referenciais.  As peças estão dispostas no interior do prédio histórico, à disposição do olhar do hóspede eventual ou de todo visitante que queira apreciar a coleção, mediante agendamento prévio.

A guardiã e colecionadora deste singular acervo é Ilita Patrício, proprietária do casarão e consumidora contumaz de arte. Presidente da Associação de Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli( AAMARGS) do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs),  ela fez dos aposentos do empreendimento que administra, ao lado das filhas, Cristine Patrício e Claudia Patricio uma extensão afetiva do seu ambiente de atuação. Fez questão de agregar a cada quarto trabalhos de artistas gaúchos, muitos com obras no Margs, na expectativa de propiciar aos hóspedes uma experiência visual e estética complementada pelo conforto.

A iniciativa surpreende. Percorrendo o hotel, ao lado da beleza da edificação, recém-restaurada, é impossível não admirar o conjunto artístico. Logo na entrada, à direita, dois porta-retratos, em um nicho, exibem fotos de uma Porto Alegre do começo do Século XX, época da construção do prédio. À esquerda, duas obras da fotógrafa e artista plástica Nádia Raupp Meucci, retratando o Hotel Majestic, chamam a atenção para a técnica utilizada, que alia fotografia e arte digital.

Subindo a imponente escada em mármore Roso Verona, que dá acesso ao primeiro andar do palacete, nos deparamos com uma tela de grande proporção assinada pela artista Vera Carlotto, na técnica de fotopanting, que revela detalhe da Praça da Matriz em 1927, ano de inauguração do prédio. Neste andar, que abriga sala de convivência, se observa, no teto, um grande vitral circular, de onde pende um lustre que data da inauguração do prédio. Mais adiante, uma galeria de fotos preserva a memória familiar. Entre estas imagens, está o retrato do patriarca Antonio Patrício, sogro de Ilita, que adquiriu a casa em 1949.

A cada quarto visitado, o visitante se depara com uma obra de arte de rara beleza. No quarto 23, por exemplo, há uma aquarela de Flávio José Prenna, aquarelista com várias exposições já realizadas tanto coletivas como individuais. No quarto n° 11 é a xilogravura de Maria de Jesu que captura nosso olhar. Uma acrílica sobre tela, de Ilda Anders Appel, se exibe no apartamento número 10. No quarto 06, se impõe um trabalho de Paulo Amaral.  Sobre a cama do aposento 13, está uma xilogravura aquarelada de Luiz Carlos Moura.

Outros artistas estão representados, como Veridiana Corletto, Circe Saldanha, Otoni Rosa, Edgar do Vale e Suzane. Também desperta a atenção, belas reproduções assinadas por P.J. Redonte – presente do irmão de llita, Fernando Rocha, – datadas de 1880.  Ela destaca, ainda, várias gravuras e desenhos do Grupo de Arte de Caixas do Sul. Não faltou nem para a porta dos banheiros: os gêneros masculino e feminino estão representados por duas obras em nanquim – um homem de chapéu e uma melindrosa, respectivamente -, assinadas por Alexandre Carvalho. Nos seus planos está a produção de um catálogo com a biografia dos artistas  e identificação das obras.

 

O Palacete

A edificação que atualmente abriga o Hotel Praça da Matriz foi erguida em 1927, época de pujança econômica marcada pela construção de vários prédios que hoje são marcos de arquitetura em Porto Alegre. – Quem quisesse ter reconhecida sua importância social, teria que morar bem, ressalta a Ilita Patrício. Dentro deste pensamento, Luiz Alves de Castro(1884-1965), empresário da noite, proprietário de vários cassinos, contratou o engenheiro alemão Alfred Haesler para concretizar seus desejos de ascensão social. Posteriormente, em 1949, o prédio foi vendido a Antonio Patrício, imigrante português, que o adquiriu como investimento. Seu plano era construir, ali, um edifício residencial. – Afortunadamente, estes planos não se concretizaram -, ressalta Ilita.

Em 1976, o prédio foi alugado para ser hotel, iniciando aí sua vocação atual. Quando, em 2011, a família Patrício deu inicio ao  processo de recuperação do imóvel, o mesmo estava em estado precário. Após anos de trâmites, finalmente, em julho de 2016, suas portas foram novamente abertas. A proposta, agora, é conservar todo seu esplendor, aliando os confortos da modernidade às suas características históricas.

Visitações podem ser feitas mediante agendamento pelos fones: (51) 3224.8872, no horário comercial. A entrada é franca.

 

Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu (MTB 86794)- 10/08/2016

Fones: (51) 0-8632.0145 (Oi)- (51) 9-8133.6787 (Tim)

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